A Web Summit é um autêntico festival de ideias inovadoras, que proliferam de uma forma natural, impulsionadas por uma energia empreendedora.
Este ano voltei a ter o privilégio de participar na Web Summit, onde podemos conhecer aqueles que tiveram e vão ter ideias que mudaram e vão mudar o mundo, uma experiência única e muito inspiradora, nesta que é a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo.
Na Web Summit assistimos às grandes tendências que vão marcar a sociedade nos próximos anos. Participar no Web Summit é a oportunidade de conhecer e fazer parte daqueles que vão criar o futuro, aprender com os mais de 900 oradores, conhecer as mais de 2 mil startups e ter a possibilidade de fazer muito networking.
Este ano destacaram-se vários temas, tais como o Metaverso, a Web3 e NFTs, nesta que foi a maior edição de sempre, contando com 71 mil e 33 participantes de 160 países.
A cerimónia de inauguração da conferência, criada pelo irlandês Paddy Cosgrave, aconteceu no dia 1 de novembro com uma oradora surpresa, a Primeira-Dama ucraniana Olena Zelenksa, que subiu ao palco principal da Web Summit para denunciar que Moscovo está a usar tecnologia para aumentar a opressão na Ucrânia, apelando que a tecnologia pode ajudar em vez de destruir.
O mesmo dia também foi marcado pela intervenção do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sobre a inauguração da Fábrica de Unicórnios, e pela intervenção de Changpeng Zhao, CEO da Binance, que falou sobre como o mundo está a mudar com as criptomoedas.
Um dos temas mais falados na Web Summit foi, sem dúvida, o Metaverso, houve várias sessões sobre este tema, estando direta ou internamente ligado, uma das mais interessantes foi a da Naomi Gleit, chefe de produto da Meta, que no palco principal mencionou que o objetivo deste novo mundo virtual não é substituir o mundo real, mas sim complementar. A responsável da dona do Facebook e Instagram destaca que o Metaverso é o futuro da internet, que será feito a três dimensões, não se restringindo apenas aos videojogos e a óculos de realidade virtual.
A Web3 foi outra das protagonistas durante toda a conferência, esta nova internet descentralizada baseada em redes públicas de blockchain, esteve em destaque na sessão «Will Web3 make or break social media?», onde Sandeep Nailwal, cofundador da Polygon, falou sobre as redes sociais, como o Twitter, vão mais tarde ou mais cedo fazer a transição para a Web3.
Os NFTs foi outra das temáticas que estiveram em destaque, para isso contribuiu Nicole Muniz, a CEO da Yuga Labs, uma das maiores plataformas de NFTs do mundo, que no placo principal, respondendo à crítica de que um NFT é apenas uma imagem digital que custa muito dinheiro, explicou que é tudo uma questão de direitos, o conceito de propriedade é o que faz a diferença nos NFT.
Um dos momentos que destaco foi a intervenção da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que falou sobre o programa de vistos para nómadas digitais e disse que o mesmo deve ser ajustado brevemente para dar um benefício extra aos que optarem pelo interior do país.
Outro dos momentos foi a vencedora do Pitch da Web Summit, a Theneo, da Geórgia, que desenvolveu uma plataforma de IA dedicada às linguagens de programação, permitindo aos utilizadores importar coleções de API, possibilitando convertê-las em diferentes linguagens de programação.
Contactei com muitos empreendedores e sublinho a presença de muitas startups de países lusófonos, principalmente do Brasil, que foi a maior representação na cimeira, foram mais de 600 pessoas e 280 startups.
A Web Summit é, acima de tudo, uma grande comunidade de empreendedores, onde se promove o networking, debate e aprendizagem nas mais diversas áreas onde o digital está sempre presente.