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A palavra unicórnio têm ganhado destaque ultimamente na comunicação social, não pelo seu significado original, um animal mitológico que tem a forma de cavalo, com um único chifre, mas associada as startups que atingem sucesso e uma grande valorização.

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O termo surgiu em 2013, por Aileen Lee, fundadora da Cowboy Ventures, quando escreveu, no jornal norte-americano NewYork Times um artigo intitulado “Bem-vindos ao grupo dos Unicórnios: aprender com as startups de mil milhões de dólares”. O artigo foi um sucesso e fez com que o termo se torna-se associado a meta mítica do empreendedorismo.

O uso do animal mitológico está directamente relacionado com o objectivo quase inatingível de uma startup conseguir essa valorização. Segundo a revista Forbes, o mercado mundial possui mais de 190 empresas unicórnio, estando a sua maioria localizadas na China e dos Estados Unidos da America. As startups unicórnios que se destacam são em primeiro lugar a Ant Financial, sediada na china, com uma valorização de 70 mil milhões de dólares, e a norte-americana Uber, com 62,5 mil milhões de dólares.

Portugal também faz parte do grupo restrito dos unicórnios, com duas startups que conseguiram alcançar esse patamar, Farfetch e a OutSystems, casos de grande sucesso de empreendedores que conseguiram na identificação de problemas encontrar grandes oportunidades de negócio, empresas que se tornaram completamente globais.

A Farfetch, foi a primeira startup de origem portuguesa a conseguir atingir os mil milhões de dólares, criada em 2007, é uma plataforma online de venda de artigos de moda de luxo, liderada por José Neves, que está neste momento a abrir o capital na bolsa de nova Iorque a valer até 5,5 mil milhões de dólares.
A startup portuguesa mais recente a entrar para este grupo foi a OutSystems, criada em 2001 em Linda-a-Velha, é uma plataforma que permite a criação de aplicações e web sites de uma forma simplificada, utilizando interfaces gráficos com código previamente escrito. A empresa fundada por Paulo Rosado, está atualmente sediada em Atlanta e conta como clientes multinacionais como a Toyota e a Deloitte, entre outras.

Para além destas duas startups, existem em Portugal mais algumas que, na minha opinião, poderão atingir essa meta brevemente, são elas a Feedzai, a TalkDesk e a Uniplaces. Começo pela a Feedzai, fundada por Nuno Sebastião, Pedro Bizarro e Paulo Marques, em 2008 em Coimbra, é a que têm maior potencial, especializada no combate à fraude nos pagamentos com recurso há inteligência artificial. A TalkDesk, fundada em 2001, em Lisboa, por Tiago Paiva e Cristina Fonseca, oferece soluções de call center na cloud, ajudando as empresas a melhorar a interação com os clientes, têm também um grande potencial, principalmente pelo recente destaque na revista Wired, no Reino Unido. Não podia deixar de falar da Uniplaces, que a meu ver pode surpreender a qualquer momento, cofundada em 2012 por Miguel Santo Amaro, também em Lisboa, é uma plataforma online para alojamento de estudantes universitários que se têm destacado pelo seu crescimento.

Todos estes exemplos são prova que o nosso país têm um potencial enorme para o empreendedorismo, assistimos a uma nova era dos Descobrimentos.