A Web Summit é um autêntico festival sobre o futuro, onde proliferam novas ideias inovadoras, impulsionadas por uma energia empreendedora.
Participar na Web Summit é sempre uma experiência única e muito inspiradora, principalmente para quem trabalha na área das startups e empreendedorismo, nesta que é a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo.
Na Web Summit assistimos sempre às grandes tendências que vão marcar a sociedade nos próximos anos. Participar do Web Summit significa ter a oportunidade de conhecer os pioneiros que estão a criar o futuro, ampliar a rede de contatos e conhecer as mais de 2 mil e 600 mil startups.
A inteligência artificial foi o tema que mais se destacou na edição de 2023. Mais especificamente, a inteligência artificial generativa e o seu impacto na sociedade foram abordados na maioria das palestras, masterclasses e pitchs de startups.
A cerimónia de inauguração da conferência aconteceu no dia 13 de novembro. A nova CEO, Katherine Maher, deu as boas-vindas a uma Altice Arena completamente lotada. O destaque da abertura da conferência foi Jimmy Wales, o criador da Wikipedia, que abordou o vasto potencial do ChatGPT e ressaltou que a criação da OpenAI já está a transformar inúmeras áreas. Entretanto, Wales enfatizou que sempre haverá a necessidade de uma enciclopédia com intervenção humana, como no caso da Wikipedia. Ele apontou que o ChatGPT é excelente para uma variedade de tarefas, mas reconheceu que existem muitas outras para as quais o chatbot não possui resposta ou, quando tem, não é a mais precisa.
Pedro Vasco, cofundador e CEO da Unbabel, plataforma de tradução humana movida a IA, foi outro dos destaques da primeira noite da conferência, afirmando que a IA irá automatizar grande parte do trabalho atual, mas que também criará empregos.
Ao longo da conferência, a inteligência artificial esteve sempre em grande destaque, outras das apresentações dedicada a esse tema foi a do investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Andrew McAfee, que defendeu a democratização da Inteligência Artificial (IA), afirmando que está a cair-se na “armadilha de problematizar as novas tecnologias”. “No cômputo geral, penso que acontecem coisas boas quando democratizamos o acesso a ferramentas muito poderosas”, defendeu.
Ainda no âmbito da inteligência artificial, a startup brasileira Inspira venceu a edição deste ano do concurso Pitch da Web Summit. A startup criou um assistente jurídico alavancado em inteligência artificial cujo objetivo é otimizar tarefas dos juristas.
Durante a Web Summit, foram divulgados dados reveladores sobre o cenário das startups em Portugal. Ficamos a saber que o país abriga mais de 4 mil startups, as quais geraram um volume de negócios de 2,3 mil milhões de euros, além de contribuírem com 1,3 mil milhões de euros em exportações, criando aproximadamente 25 mil empregos, análise em colaboração com a Startup Portugal, IDC e Informa D&B.
A Web Summit é, acima de tudo, uma grande comunidade de empreendedores, onde se promove o networking, debate e aprendizagem nas mais diversas áreas onde o digital está sempre presente.