Para além da guerra militar, existe a guerra das notícias e informações falsas, que também faz vítimas, pode e deve ser combatida por todos.
A internet revolucionou a forma como comunicamos, permitiu dar voz a qualquer indivíduo de uma forma livre, mas, ao mesmo tempo, essa liberdade deu voz também a campanhas de desinformação através das «fake news», que no momento actual ganha importância e destaque devido à grande divulgação por parte de governos de notícias e informações falsas.
As «fake news» são graves ameaças às democracias e muitas vezes utilizadas como meios de interferência nos processos eleitorais, o que se veio a verificar nas eleições presidenciais brasileiras de 2018 e nas eleições presidenciais dos EUA em 2020 e, mais recentemente, devido à pandemia de covid-19. O número de «fake news» aumentou recentemente, devido à guerra que está a acontecer na Ucrânia, onde a internet está a ser inundada por muitos conteúdos falsos, na sua maioria lançados por organizações militares e políticas, que são cada vez mais sofisticados e difíceis de identificar, mesmo para os jornalistas.
O país que ataca militarmente a Ucrânia é dos que mais censura a Internet e que promove em grande escala campanhas de «fake news» interna e externamente, atacando a liberdade de informar de uma forma nunca antes vista, promovendo campanhas em grande escala.
A melhor forma de ajudarmos nesta guerra, para além de contribuir com doações, é apoiar os órgãos de informação independentes e denunciar nas redes sociais as notícias e informações falsas.
Os meios de comunicação social independentes ganham actualmente maior importância na nossa sociedade, são na sua maioria uma plataforma de confiança e de liberdade.