Vivemos dias desafiantes devido a uma pandemia global, que está a causar um efeito devastador na saúde e na economia.
Em crises recentes, foram sempre os empresários que tiveram na linha da frente para combater os seus efeitos, conseguindo ultrapassar, mesmo que muitas vezes tivessem de abdicar dos seus lucros e ordenados para pagar aos colaboradores e ao estado.
Foram principalmente os empresários que contribuíram nos últimos anos para que o nosso país tivesse taxas de crescimento, foram eles que contribuíram para que o setor do turismo fosse a maior atividade económica exportadora do país registado um contributo de 8,2% no PIB português, foram eles que criaram startups de grande sucesso mundial, foram os empresários que fizeram reduzir o desemprego para níveis extremamente baixos.
Agora, a maioria dos empresários vivem com os seus negócios fechados ou com uma redução extrema das vendas e as ajudas são créditos com juros muitas vezes superiores a 3%. Pedem que os empresários se endividem para pagarem aos funcionários e as contribuições ao estado sem saberem se vão conseguir ter liquidez para pagar esses mesmos empréstimos. Outra ajuda é um layoff simplificado, que de simplificado só mesmo o nome, muito complexo e pouco eficaz no imediato.
Sei que não somos um pais rico, sei que os nossos recursos financeiros são mais limitados do que outros países da união Europeia, mas tenho a certeza se não forem implementadas medidas mais fortes para ajudar os empresários o mais rapidamente possível grande parte das empresas vão fechar, principalmente as mais pequenos e as PMEs que são o motor do nosso tecido empresarial.
Se aprovarem novas medidas de apoio aos empresários, que permitem mitigar os efeitos da crise e manter as actividades empresariais, vão conseguir uma recuperação mais rápida da economia e poupar ao estado muitos subsídios de desemprego.
Uma das medidas que o governo português deve tomar na minha opinião é pagamento imediato de todas as dívidas em atraso a fornecedores privados, outra medida urgente deve ser o cancelamento definitivo de impostos e contribuições sociais, em vez da suspensão, passando por linhas de financiamentos para todos os setores de actividade.
Se o governo português não tomar novas medidas urgentes, os empresários vão ter muito mais dificuldades para manterem as suas actividades e os custos para o país vão ser muito mais elevados devido à falência de muitos negócios e ao crescimento do desemprego aumentando os apoios sociais.