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É sempre uma grande aventura participar na maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo e sentir a energia vibrante daqueles que criam o futuro.

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Este ano voltou a crescer, chegando aos 70469 participantes, 2150 startups e 239 parceiros, superando as expectativas da organização, são mais 20% de startups presentes do que no ano anterior e acima das 1.800 projetadas.

São números claramente impressionantes, não só pelo interesse gerado mas também pelo impacto que têm na sociedade em Portugal, contribuído activamente para atrair novos investimentos de várias multinacionais para Portugal. Este ano a Nokia anunciou durante o evento a criação de um centro de excelência no nosso pais e a contratação de 100 profissionais.

Um dos frutos que mais destaco do Web Summit é a atração de empreendedores de todo o mundo para criarem ou mudarem as suas startups para Portugal, algo que podemos comprovar facilmente nas mais diversas incubadoras portuguesas.

Um dos aspectos que destaco este ano é a taxa de participação feminina, que continua a crescer, chegando este ano aos 46,3%, muito perto da paridade. Uma clara demonstração que as medidas implementadas pela organização têm tido sucesso.

Nesta edição destaco a apresentação por videoconferência de Edward Snowden, que alertou para os perigos de espionagem dos cidadãos, principalmente dos abusos cometidos pelo Google, Amazon e Facebook, garantindo que as grandes empresas tecnológicas têm um modelo de negócios que é um abuso, devido a recolha em permanência de dados sobre os cidadãos.

Outros dos grandes destaques desta edição foi o presidente da Microsoft, Brad Smith, que alertou para o facto de sermos a primeira geração da Humanidade a dar poder aos computadores para tomar decisões que até agora eram realizadas por humanos e apresentou várias tecnologias que vão ser tendências na próxima década, desde da computação quântica, que vai permitir que as máquinas façam cálculos de dados com uma rapidez nunca vista, passando pelo 5G, que trará maior velocidade de acesso a Internet que permitirá uma computação equivalente a eletricidade da actualidade.

Houve também algumas polémicas, como é já habito. Este ano as polémicas estiveram relacionadas com as peças de merchandising alusivas à conferência tecnológica, entre copos de café, garrafas de água e t-shirts, com preços que rondam os 25 euros e 30 euros. Existiram também dois modelos de camisolas de lã tradicionais irlandesas, muito usadas pelo fundador da cimeira que geraram muitas criticas devido aos elevados preços que variaram entre os 750 e 850 euros e que esgotaram rapidamente.

No último dia teve em destaque a Comissária Europeia da Concorrência e a próxima vice-presidente do executivo comunitário para a Era Digital, Margrethe Vestager, que disse não há limites para a forma como a inteligência artificial pode ajudar os humanos, destacando a sua utilização no combate às alterações climáticas e à saúde.

Como sempre, não podia faltar o concurso da melhor startup, que este ano foi para a suíça Nutrix, que desenvolveu um pequeno sensor colocado na parte de trás de um dente para monitorizar os níveis de glicose na saliva comunicando através de uma aplicação.

A Web Summit terminou com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relembrando que em 2016 falou de numa revolução silenciosa e que hoje já é uma revolução ruidosa, uma revolução de mente aberta e que Portugal e o mundo mudara com a WebSummit.

Foram dias muitos agitados, onde assisti a várias apresentações, apreendi muito sobre os mais diversos temas e falei com pessoas que estão a mudar o mundo. Este ano foi uma verdadeira aventura conseguir aproveitar ao máximo tudo o que este evento têm para oferecer. Destaco o 5G como o principal tema abordado. O Web Summit está a inventar o futuro.