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Buscar a criatividade é um grande desafio, difícil de alcançar, mas sempre muito gratificante. Foi nesse sentido que parti na semana passada em busca da criatividade, depois de ter sido selecionado para participar numa conferência internacional sobre essa temática em Bari, uma cidade italiana que não conhecia, juntamente com pessoas extraordinárias.

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Esta aventura em busca da criatividade começou muito cedo, na madrugada da passada terça-feira, no Aeroporto de Faro, de onde partimos para a primeira etapa da nossa viagem até Lisboa, onde fizemos escala e aproveitamos para conhecer melhor todos os elementos da equipa, que passo a apresentar: Marisa Madeira, gestora de projetos do CRIA; Bruno Cruz, da Botodacruz; e a Sílvia Rodrigues, da Sigues. Aproveitamos também para falarmos sobre a conferência «Matchmaking Event for Creative and Cultural Industries in the Med Area» onde íamos participar nos dias seguintes. O tempo passou depressa e fomos apanhar o próximo voo até Roma e posteriormente até Bari.

Em Bari deparei-me com uma cidade muito desenvolvida, em termos de infraestruturas, aeroporto internacional com boas condições e um comboio de ligação entre o aeroporto e a cidade tecnologicamente evoluído. Cansados, fomos jantar nas imediações do hotel, numa pizzaria, foi aí que comecei a ver um tipo de criatividade única, todas as paredes tinham quadros da Marilyn Monroe, tínhamos descoberto por acaso uma pizzaria dedicada a essa estrela de cinema americano.

No dia seguinte, começamos os trabalhos na conferência com a apresentação do projeto «Ch.IMERA», onde os responsáveis italianos falaram sobre os objetivos que foram e serão desenvolvidos. Na segunda apresentação falou-se sobre desafios e oportunidades das indústrias criativas e culturais e novas abordagens para fortalecer a inovação. Apresentações muito ricas em termos de conhecimento, onde destaco a intervenção da portuguesa Ana Solange Leal, da Inova+, que falou sobre o projeto «Vertigo Start», que visa apoiar e financiar residências artísticas com base tecnológica, com uma interligação internacional.

Durante a tarde participamos em reuniões de trabalhos com membros das equipas dos restantes países, entre eles, Espanha, Itália, Eslovénia, Grécia e França, que no meu caso foram muito produtivas, pois tive a oportunidade de trocar ideias e desenvolver possíveis parcerias internacionais. À noite, fomos participar num evento promovido na Officina degli Esordi, uma incubadora de projetos culturais e criativos onde fiquei surpreendido com toda a dinâmica desenvolvida, com as magníficas instalações e com todas as condições para a criação de projetos de sucesso. Foi uma boa oportunidade de conhecer uma série de pessoas espetaculares.

No segundo dia, durante a manhã foi abordado o tema das redes de clusters e networks como ferramentas para superar as dificuldades e criação de estratégias para a internacionalização das indústrias criativas e culturais. Desta apresentação destaco a intervenção de Bernd Fesel, diretor da European Creative Business Network, que falou sobre a importância na promoção das indústrias criativas e culturais na Europa. Durante a tarde tivemos mais uma serie de reuniões de trabalho.

Estes dias foram muito gratificantes e enriquecedores para melhorar os meus conhecimentos em criatividade e poder conhecer novas realidades sobre o que melhor se faz na Europa sobre esta temática. Venho muito mais rico, pelas pessoas que pude conhecer em Itália e pela equipa portuguesa que participou, exemplos extraordinários do melhor que se faz no nosso país relacionado com as indústrias criativas. Um agradecimento muito especial à Universidade do Algarve e ao Cria por esta oportunidade única