Era uma vez o maior evento mundial de tecnologia e empreendedorismo que chegou a Portugal em 2016, instalando-se em Lisboa, e que trouxe consigo muitos apaixonados pela inovação e tecnologia, impulsionando a energia empreendedora no nosso país.
A energia empreendedora deste grande evento ajudou na notoriedade da marca Portugal, transmitindo a imagem de um local atrativo para criação e localização de startups e atração de investimento ao longo nos últimos anos, algo que podemos confirmar através da comunicação social onde é noticiados o nascimento de bastantes startups e vários investimentos de muitas empresas tecnológicas como a Google e visitando muitas das incubadoras por todo o país.
Esta história viveu momentos felizes no passado, com um crescimento constante nos últimos anos, tendo, em 2017, atingindo os 60 mil participantes de 170 países e 1.200 oradores. Em termos económicos, o governo estima que esta última edição tenha gerado um impacto direto de, pelo menos, 300 milhões de euros.
Este evento é considerado pela revista Forbes, «Davos for Geeks», pela sua importância e impacto na sociedade, uma experiência única para quem participa ativamente ao longo dos vários dias em conferências, apresentações, palestras, workshops, encontros com mentores e mesas redondas. Mesmo com resultados claramente positivos, em certos setores da nossa sociedade há ainda alguma desconfiança relativamente à importância da Web Summit. Críticas variam desde o retorno económico ao descrédito na viabilidade e valor das startups presentes no evento. Por outro lado, existem muitos que valorizam só as receitas turísticas, o que é bastante redutor.
O futuro da Web Summit vai continuar a fazer parte da história de Lisboa e de Portugal, pelo menos nos próximos 10 anos, depois do acordo recente do Governo com Paddy Cosgrave, organizador da conferência, onde será investidos cerca de 110 milhões de euros. Para que a conferência ficasse por mais 10 anos no nosso país, foi necessário um longo processo de negociação, envolvendo a concorrência de mais de 20 das maiores cidades europeias, desde Berlim, Paris, Madrid, Milão e Valência, tendo Lisboa sido vencedora desta grande competição, o que me deixa cheio de orgulho do nosso país por apostar no empreendedorismo e na inovação.
Nos próximos anos, o espaço onde é realizado este evento, Altice Arena e FIL, será duplicado para permitir acolher mais participantes e aumentar o sucesso desta conferência. Vai dessa forma também dotar de uma maior capacidade para a realização de outros eventos na cidade, ficando ao nível das principais cidades europeias. Prevejo um futuro muito positivo deste evento, construindo alicerces cada vez mais fortes em áreas económicas altamente inovadoras que são claramente as tendências. Acredito na cultura empreendedora e no Web Summit